Nas últimas décadas as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Apesar disso, não faz muito tempo que as empresas têm aumentado a procura por diversidade, incentivado a contratação de líderes mulheres, equidade de gênero e de salário entre os funcionários.
Os desafios e as questões de gênero no ambiente profissional foi tema de uma roda de conversa em comemoração ao Dia da Mulher, na Neon. Para liderar essa discussão, convidamos a Ana Bavon, fundadora do Business For People.
Vamos contar um pouco para você como foi essa troca de experiências 😉
Em um pouco mais de uma hora, discutimos assuntos importantes para a igualdade de gênero e nos questionamos sobre verdades colocadas há muitos anos pelo mercado de trabalho, como:
Se as pesquisas mostram que as mulheres hoje no Brasil têm mais capacitação e estudo formal, por que não temos mais líderes mulheres? E por que, de modo geral, o salário das mulheres costuma ser menor que de seus pares homens?
Ou até mesmo:
Ainda há espaço para o mercado de trabalho definir o que é “profissão de homem” e “profissão de mulher”?
Liderança feminina
Para o debate, Ana Bavon levantou alguns pontos que dificultam a equidade entre o número de líderes homens e de mulheres nas empresas.
A primeira delas se dá por uma questão de identificação. De acordo com ela, é muito comum que líderes homens, como hoje se configura a maioria nas empresas, procurem e promovam pessoas parecidas com o seu perfil, ou seja, outros líderes homens! Isso tem nome e se chama viés de afinidade.
Outro motivo são os pré-conceitos enraizados na sociedade. Como o que diz que as mulheres estão menos disponíveis para o trabalho porque também são responsáveis por cuidar da casa e dos filhos, ou o que afirma que líderes mulheres são mandonas, irritáveis ou que estão constantemente “de TPM”. Ninguém merece, né?
Todo mundo perde, todo mundo ganha
De outro lado, é comprovado que empresas que promovem a diversidade – entre elas a de gênero – tem impacto positivo na economia.
A lógica, segundo a especialista, é clara: quanto mais diversa é a equipe, mais o produto daquela empresa consegue atender diferentes públicos.
“Há ainda a questão de afinidade. Hoje, o consumidor quer comprar produtos de empresas que ele se sente representado. Quem não faz isso, perde”, disse.
De acordo com os estudos apresentados pela palestrante, a diversidade de gênero em uma empresa promove um aumento de lucro de 21% quando comparado com uma companhia do mesmo setor. Quando essa diversidade se expande para o campo racial, o lucro cresce 33%!
Como começar a mudança
Acredito que você também está curioso para saber por onde começar essa mudança – assim como os neowners ficaram durante o bate-papo 😉 – e é por isso que destacamos alguns aspectos aprendidos com esse encontro:
- Questione como você olha para o mundo – todos nós temos algum tipo de preconceito que precisa ser estudado e tratado. Antes de exigir que a sua empresa comece a fazer alterações, veja como você pode melhorar. Depois que isso acontecer, será mais fácil -e genuíno – pedir mudanças estruturais no seu ambiente de trabalho;
- Estude e discuta sobre diversidade – aproveite que o assunto está em voga e participe de encontros que debatam a equidade. Isso fará com que você tenha mais conhecimento para conversar sobre o assunto com outras pessoas e explicar a importância de ter um ambiente de trabalho mais plural e diverso;
- Questione as “verdades do mercado” – agora que você já está mais consciente do seu olhar para o mundo e tem conhecimento sobre o assunto, é hora de exigir mudanças no seu ambiente de trabalho. Repense nas verdades do mercado, elas fazem sentido pra você? E levante a discussão dentro da empresa que você trabalha. Todo mundo vai sair ganhando 😉
E aí, gostou de saber um pouco de como foi a nossa rodada de conversa sobre o Dia da Mulher aqui na Neon? Acompanhe a gente no LinkedIn que sempre publicamos lá as ações que acontecem aqui dentro 😉
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