Rentabilidade e liquidez: entenda os conceitos

Rentabilidade x liquidez: qual a diferença entre esses dois conceitos e como eles impactam os seus investimentos? Descubra agora e invista melhor.
5 minutos de leitura
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Quem começou a investir já deve ter se deparado com essa dúvida: Como a rentabilidade x liquidez impactam os seus investimentos?

Para começar, você precisa saber que a rentabilidade é o retorno esperado do investimento, enquanto a liquidez indica o quão rápido você consegue resgatar seu dinheiro aplicado sem sair perdendo.

Juntos, esses dois fatores mostram se a aplicação ou ativo vale a pena, dependendo dos seus objetivos como investidor. E ainda tem um terceiro fator nessa história chamado risco, que também faz toda a diferença na hora de escolher onde aplicar seu dinheiro.

Ficou interessado em aprender tudo sobre rentabilidade e liquidez para investir melhor? Então, siga a leitura.

Rentabilidade x liquidez: o que significam

Rentabilidade e liquidez são dois fatores essenciais para analisar investimentos e decidir se uma aplicação ou ativo vale a pena.

A rentabilidade, como você deve imaginar, é o retorno que um investimento oferece, ou seja, quanto você ganha ao deixar seu dinheiro investido ali.

Esse cálculo pode variar bastante de acordo com o investimento, mas basicamente ele responde à pergunta: o quanto eu ganho por postergar consumo e alocar recursos nessa aplicação?

Esses ganhos podem vir na forma de taxas de juros prefixadas e pós-fixadas em títulos ou ganhos de capital com venda de ações, por exemplo, com diferentes percentuais de remuneração.

Já a liquidez é a facilidade com que um ativo pode ser transformado em dinheiro, quando necessário. Em outras palavras: a velocidade com que o ativo pode ser comprado ou vendido no mercado por um preço justo, sem que a necessidade de negociar rapidamente reduza seu valor.

Resumidamente, quanto mais líquido um investimento, mais rápido você pode resgatar o dinheiro que investiu sem perder nada.

Da mesma forma, dizemos que um investimento é rentável quando oferece um retorno satisfatório de acordo com parâmetros do mercado, custos e os próprios objetivos do investidor.

Relação entre rentabilidade e liquidez nos investimentos

Quando você está começando a investir, é normal crescer os olhos na rentabilidade e não pensar muito em outros fatores como liquidez e risco.

Mas já imaginou aplicar seu dinheiro e não conseguir resgatar o valor em um momento de necessidade? Ou sair no prejuízo pois teve que resgatar antes do prazo e acabou vendendo o ativo por um preço menor do que pagou?

Isso acontece quando você olha apenas para a rentabilidade e se esquece da liquidez.

Vamos tomar como exemplo o CDB (Certificado de Depósito Bancário), que é um dos títulos de renda fixa mais populares.

No mercado, você vai encontrar CDBs de liquidez diária (como o CDB Neon), em que o dinheiro investido pode ser resgatado a qualquer momento, e outros CDBs com prazos de vencimento mais longos, que variam de 30 dias até 5 anos.

Logo, você precisa avaliar esses prazos e decidir se vai precisar do dinheiro em breve ou se pode deixá-lo aplicado por mais tempo. Se você quer a segurança de poder resgatar seu dinheiro a qualquer momento sem perder nada, a escolha certa é um CDB de liquidez diária.

Mas claro que não é tão simples assim: ao escolher a alta liquidez, você também abre mão da rentabilidade. Isso porque a rentabilidade e liquidez costumam ser inversamente proporcionais, ou seja, os investimentos com prazo mais longo podem oferecer retornos maiores.

Então, se você puder deixar seu dinheiro rendendo por mais tempo, será mais vantajoso em termos de ganhos.

Mas lembre-se: se você escolher um CDB com prazo de um ano e precisar resgatar antes da data de vencimento, poderá perder dinheiro com a venda antecipada se o título estiver com um preço menor no mercado.

Por isso, é tão importante avaliar a rentabilidade e liquidez juntas na hora de decidir sobre investimentos.

Rentabilidade x liquidez x risco: o tripé dos investimentos

Além da rentabilidade e liquidez, há um terceiro fator que não pode ficar de fora da análise de investimentos: o risco – a chance de sair perdendo ou não alcançar suas expectativas com um investimento, que aparece em diferentes níveis nos ativos.

Na renda fixa, por exemplo, o risco é menor porque você conhece a rentabilidade desde o início, seja prefixada (taxas de juros prefixadas) ou pós-fixada (atrelada a indicadores da economia como o CDI ou IPCA).

Já na renda variável, o risco aumenta porque você fica sujeito à volatilidade dos ativos, como o famoso sobe e desce diário das ações na bolsa de valores, e não sabe quanto vai receber de fato.

Porém, da mesma forma que ocorre com a liquidez, a rentabilidade é fortemente influenciada pelo risco: quanto maior o grau de risco de uma aplicação, maior tende a ser o seu retorno.

Juntos, a rentabilidade, liquidez e risco formam o tripé de investimentos que deve ser usado em qualquer decisão no mercado financeiro.

Resumindo as relações entre os três:

  • Quanto maior a rentabilidade esperada, maior será o risco;
  • Quanto maior a rentabilidade esperada, menor será a liquidez;
  • Quanto menor a liquidez, maior será o risco.

Ou seja: se você quer ganhar mais, precisa correr mais riscos e ter menos flexibilidade no resgate. Do contrário, se quer mais segurança, precisa abrir mão de retornos maiores para ter o dinheiro à disposição com o menor risco possível.

Cabe a você equilibrar esses três fatores nas análises de investimentos e escolher o melhor caminho.

5 passos para investir com base em rentabilidade, liquidez e risco

1. Descubra o seu perfil de investidor

Se você já investiu por meio de corretoras alguma vez, deve ter respondido um questionário para descobrir seu perfil de investidor. Esse perfil revela como você lida com os riscos e quais produtos financeiros são mais adequados para os seus objetivos, situação financeira e horizonte de investimento.

Basicamente, existem três perfis:

  • Conservador: prioriza a proteção do capital e prefere não correr riscos, optando por ativos mais seguros como títulos de renda fixa. Seu foco é ter ganhos mais modestos em longo prazo para construir e preservar patrimônio;
  • Moderado: busca o equilíbrio entre os três fatores de análise, combinando ativos de baixo risco com ativos mais arrojados. Geralmente, aloca a menor parte dos recursos na renda variável em busca de ganhos em médio e longo prazo e a maior parte na renda fixa;
  • Arrojado: aceita os riscos com tranquilidade e encara a volatilidade do mercado em busca de ganhos maiores, abrindo mão da liquidez. Apesar do apetite de risco elevado, também preserva parte do capital na renda fixa e usa estratégias de diversificação.

Se quiser descobrir seu perfil agora, experimente fazer o teste grátis de perfil de investidor do Uol.

2. Forme sua reserva de emergência

Antes de pensar em rentabilidade e liquidez, você precisa ter uma reserva de emergência formada para dar os primeiros passos nos investimentos.

Tradicionalmente, essa reserva deve ser suficiente para cobrir entre 6 e 12 meses de gastos do seu padrão de vida atual, em caso de imprevistos financeiros.

Quando juntar o dinheiro, você pode deixá-lo em aplicações de alta liquidez e baixo risco que rendam acima da poupança, como o CDB Neon – afinal, você pode precisar do dinheiro a qualquer momento.

3. Trace seus objetivos

O próximo passo é definir o porquê de você quer investir, aonde quer chegar e em quanto tempo.

Você quer comprar um imóvel daqui a 10 anos? Se aposentar aos 50? Alcançar a independência financeira aos 40? Deixar um patrimônio generoso para os filhos? Cada um desses cenários pede uma estratégia de investimentos diferente – fora o peso do perfil de investidor nessa história.

Além de traçar suas metas, é importante definir quanto você pode investir mensalmente, por quanto tempo pretende deixar o dinheiro aplicado e o quanto está disposto a lidar com riscos.

4. Estude o mercado financeiro

O mercado financeiro é um universo complexo repleto de variáveis que vão muito além de rentabilidade e liquidez. Por isso, se você quer aprender a analisar investimentos e tirar o melhor proveito deles para alcançar seus objetivos, é melhor começar a estudar – e nunca mais parar.

Uma dica é fazer alguns cursos gratuitos na internet antes de fazer suas primeiras aplicações.

5. Diversifique seus investimentos

Uma das estratégias mais eficientes para equilibrar rentabilidade, liquidez e risco é diversificar seus investimentos. Já ouviu aquela história de “nunca colocar todos os ovos na mesma cesta”?

Pois é, essa é a regra de ouro dos investimentos, que significa distribuir seu capital em aplicações variadas com diferentes graus de risco, retorno e liquidez, em vez de aplicar todo o dinheiro no mesmo lugar.

Dessa forma, você dilui os riscos envolvidos e consegue compensar possíveis perdas com ganhos do outro lado, mantendo uma boa relação risco-retorno na sua carteira de investimentos.

E aí, ficou claro o que é rentabilidade e liquidez e como aplicar esses conceitos na sua vida financeira?

Comente se você captou a ideia e se mudou a forma de enxergar os investimentos!

O propósito da Neon é diminuir desigualdades, mostrando caminhos financeiros mais simples e justos, porque todos merecem um futuro brilhante. A educação financeira é um dos principais pilares para fazer isso acontecer, por isso estamos aqui para te acompanhar em sua jornada com as finanças.

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