** Atualizado em 07 de agosto de 2020**
Já falamos sobre ela aqui no blog (leia mais!), mas não custa lembrar da importância dessa taxa chamada de Selic.
Ih, taxa? Ninguém gosta de taxa. Ok, mas a tal da taxa de juros Selic influencia bastante a nossa vida.
Pra começar, o que significa Selic? Essa sigla é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ela é considerada a taxa básica de juros da economia brasileira. Basicamente, funciona como um instrumento regulador da inflação e dos juros no país pelo Banco Central (BC), o banco dos bancos.
Não ficou claro? Vamos lá:
O Banco Central é responsável por abrir ou fechar a torneira de dinheiro que circula no Brasil. Por exemplo, se a taxa Selic cair, aumenta o dinheiro em circulação – é o que estamos vivendo hoje, afinal a Selic caiu recentemente de 2,25% para 2% ao ano, menor patamar da história.
A consequência de ter mais dinheiro circulando é que as pessoas gastem mais. É simples: com juro mais baixo, as pessoas acabam voltando a consumir algo que tinham segurado lá atrás.
Pronto, agora que você já entendeu a importância da Selic, vamos falar sobre quatro aspectos:
- Como é escolhida a taxa Selic
- Quanto vale a Selic
- Como isso impacta nos investimentos
- Onde investir quando a taxa Selic cai
Como funciona a definição da taxa Selic?
De dois em dois meses, o Comitê de Política Monetária (chamado de Copom) do Banco Central define uma meta para a taxa Selic.
Ao cobrarem as taxas de juros nos empréstimos e financiamentos, por exemplo, as instituições financeiras (bancos, por exemplo) precisam usar a Selic como referência.
A mesma regrinha vale para o rendimento das aplicações financeiras que acabam seguindo a trajetória da taxa Selic.
Quanto vale a Selic?
A taxa Selic hoje está em 2% ao ano e vem caindo há algum tempinho. Mas, até 1999, a taxa básica de juros era a chamada Taxa Básica do Banco Central (TBC). De lá pra cá, o Copom passou a divulgar a meta para a taxa Selic.
Como a taxa Selic impacta nos investimentos?
Os investimentos que têm a rentabilidade atrelada à taxa básica de juros são diretamente influenciados pela queda da Selic, sabia?
Isso porque o chamado CDI (Certificado de Depósito Interbancário) – taxa que serve como referência para aplicações financeiras conservadoras – é um indicador que acompanha de perto a variação da Selic.
Ou seja, se a taxa básica subir, o CDI também sobe. Se a Selic cair, o CDI também cai. Simples assim.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB), por exemplo, costuma ter a remuneração fixada em percentual do CDI. Por exemplo, você vai investir e encontra um CDB que paga 95% do CDI. Já os títulos públicos, a exemplo do Tesouro Direto Selic, como o próprio nome já diz, seguem diretamente a taxa básica de juros, a Selic.
Onde investir com a taxa Selic baixa?
Agora que você já sabe da importância da tal da Selic, é bom ficar ligado nos investimentos. Quando a taxa Selic cai, aplicações tradicionais como poupança e títulos públicos do Tesouro Direto ficam com rendimento mais baixo.
Para ver o bolo do dinheiro crescer, é preciso seguir a regrinha básica - diversificação da carteira de investimentos. Na prática, significa considerar outros tipos de investimento, que tenham um pouquinho mais de risco, o que representa, claro, maior potencial de ganhos.
Ei, mas uma coisa é tão importante quanto escolher as aplicações: entender exatamente qual o seu perfil de risco, quais as suas necessidades e os objetivos que pretende alcançar.
Afinal, você quer investir por quanto tempo? Aceita correr mais risco em troca de um rendimento mais farto? Ou pode precisar da grana a qualquer momento?
Não existe uma fórmula mágica que responda para mim e para você, ou para todos, qual o melhor investimento do momento. Cada pessoa tem um estilo de vida e, assim, uma lista diferente de recomendações sobre onde investir.
Mesmo assim, de acordo com o cenário atual, taxa de juros Selic baixa – que tende a continuar, já sabemos disso – é preciso correr mais risco para ganhar mais. Não tem muito segredo.
Lembrando que sua reserva de emergência não pode ser mexida, viu? Trate de deixá-la investida em algo que possa ser sacado a qualquer hora, como o CDB com liquidez diária da Neon.
Para objetivos de curto prazo, nem vale tanto a pena correr mais risco – o ideal é investir em renda fixa, mesmo. Para as metas de médio e longo prazo, aí sim é importante diversificar a carteira de investimentos, mas como já dito acima, tenha muito bem claro qual o seu perfil de investidor e quais riscos pode correr, de acordo com as necessidade e os objetivos que busca alcançar.
Ficou com alguma dúvida? Fala pra gente nos comentários! 😉
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+ O que é CDI? Como a taxa define o rendimento de aplicações?