**Atualizado em 07 de agosto de 2020**
Na hora de fazer uma compra, é muito comum ficarmos em dúvida entre um produto e outro, né? Muito natural isso, até porque alguns são parecidos entre si. Imagine comprar algo achando que era outra coisa! Com investimento também é assim.
É muito comum ficar na dúvida na hora de investir. Por exemplo, o que é melhor: fundo de investimento ou CDB?
Vamos te explicar como funciona cada uma dessas aplicações e quais são as diferenças entre elas!
Fundo de investimento x CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) nada mais é que um título de renda fixa emitido por instituições financeiras (bancos e financeiras, por exemplo) para captar recursos.
Em outras palavras, você empresta dinheiro para o banco que, em contrapartida, te devolve o valor aplicado com juros (rendimento), de acordo com o prazo de vencimento.
O fundo de investimento, por sua vez, é bem diferente. A primeira diferença é que ele não é emitido por bancos. Então, a lógica muda bastante.
Os fundos de investimento reúnem um conjunto de recursos de diversos investidores com o objetivo de comprar determinados ativos financeiros, incluindo renda fixa, ações e multimercados (mistura de renda fixa e ações).
Cada fundo também tem um gestor, que é o nome dado ao profissional responsável por estudar o mercado e decidir onde aplicar o dinheiro que foi captado dos investidores.
Tipo de rendimento
Os fundos podem investir em renda fixa, ações, moedas (dólar, euro etc.), ouro e por aí vai.
Existem diversas categorias de fundos, e cada uma tem regrinhas específicas para montar a cesta de investimentos, ou seja, o que realmente vai compor o fundo. Por exemplo, alguns fundos podem ter uma fatia aplicada em moedas estrangeiras, enquanto outros não permitem isso.
Um dos tipos de fundos mais comuns, e você já deve ter ouvido falar nele, é o fundo DI. A preferência do brasileiro por esse produto não é à toa: é um dos fundos mais simples.
Vale lembrar que, desde 2015, os fundos DI deixaram de ser uma categoria específica, com a mudança na classificação de fundos de investimento feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Geralmente indicado para investidores de perfil conservador, o fundo DI investe a maior parte da grana em papéis atrelados à taxa básica de juros da economia, a chamada Selic (entenda como a Selic afeta sua vida), ou títulos indexados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) – taxa que fica próxima à Selic, hoje em 2% ao ano.
Na prática, o rendimento do fundo DI acaba seguindo a trajetória da taxa básica de juros. Por isso, é um investimento de baixo risco e recomendado para montar uma reserva de emergência, por exemplo.
Essa é, inclusive, uma característica parecida com muitos CDBs. Em geral, os CDBs costumam ter o rendimento indexado ao CDI. Mas ao contrário dos fundos, podem ter três tipos de rentabilidade:
- Prefixado: esse tipo de CDB tem uma rentabilidade definida no momento da aplicação. Exemplo: CDB que remunera a uma taxa de 5% ao ano;
- Pós-fixado: a rentabilidade é atrelada a algum índice ou indicador, entre eles, o CDI. Por exemplo: CDB que paga 100% do CDI;
- Híbrida: como o próprio nome diz, é uma mistura de pré com pós-fixado. Ou seja, inclui uma taxa de juros prefixada mais a inflação (geralmente, o IPCA) acumulada num determinado período. Exemplo: CDB que oferece IPCA + 3,5% ao ano.
Pode sacar a qualquer momento?
Essa é uma semelhança entre fundo de investimento ou CDB. É muito comum encontrar CDB com liquidez diária, ou seja, você pode sacar o dinheiro aplicado a qualquer momento (o CDB da Neon é assim, sabia?). Muitos fundos, principalmente de renda fixa, também têm essa vantagem.
Qual é a garantia?
O principal risco de investir em CDB é o risco de a instituição (banco ou financeira) quebrar. Mas calma! Para situações assim, é possível recorrer ao chamado Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Em outras palavras, se o emissor deixar de te pagar, o FGC devolve o dinheiro aplicado até R$ 250 mil por investidor e por instituição, com um limite de R$ 1 milhão para cada investidor por um período de quatro anos.
Aha! Eis outra diferença entre fundo de investimento e CDB: ao contrário do CDB e outras aplicações de renda fixa, os fundos não têm proteção do FGC.
Xi, e agora? Se o banco falir, o patrimônio do fundo fica separado do patrimônio da instituição financeira, o que traz segurança para o investidor.
Tem cobrança de taxas e impostos?
Os fundos de investimento costumam cobrar uma taxa de administração, que ajuda a remunerar a equipe que faz a gestão.
Em alguns casos, principalmente de multimercados e ações, há também a taxa de performance, cobrada quando o desempenho supera o índice de referência.
É como se fosse um prêmio para o gestor que conseguiu ultrapassar a taxa referencial. O CDB, por sua vez, não tem cobrança alguma de taxa.
Tanto em fundo de investimento quanto em CDB, é cobrado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o famoso Imposto de Renda (IR).
No caso do IOF, esse imposto incide sobre os rendimentos, desde que você resgate a aplicação em menos de 30 dias. Já a mordida do Leão segue a chamada tabela regressiva (veja abaixo):
- 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
- 20% para aplicações com prazo de 181 até 360 dias;
- 17,5% para aplicações com prazo de 361 até 720 dias;
- 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.
E aí, entendeu o que é fundo de investimento e o que é CDB? Se pintar alguma dúvida, conta pra gente! 😉
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