Pix é seguro? Conheça os mecanismos de segurança

Quer saber se o Pix é seguro? A resposta é sim, graças a uma série de mecanismos, mas é preciso se cuidar e evitar golpes. Veja como!
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Três cadeados sobre fundo amarelo

Será que usar o Pix é seguro? Você já deve ter se deparado com notícias sobre fraudes e golpes online usando o sistema, que funciona a qualquer hora do dia ou da noite.

Sem contar os crimes cometidos presencialmente, quando o assaltante obriga a vítima a transferir valores para contas próprias ou de comparsas.

Mas vale lembrar que o sistema de pagamentos instantâneos foi testado e validado antes mesmo de seu lançamento, no final de 2020. E que passa por atualizações com frequência, a fim de aumentar o nível de proteção aos dados dos usuários do Pix.

Saiba mais sobre os mecanismos de segurança do Pix nos tópicos a seguir, incluindo criptografia, rastreamento de contas, limites de valores e muitos outros.

Pix é seguro?

Sim, o Pix é seguro! O sistema de pagamentos instantâneos foi desenvolvido, testado e regulamentado pelo Banco Central e conta com inúmeros mecanismos que garantem a proteção do usuário.

Dentre as medidas de segurança do Pix, estão:

  • Limites de valor do Pix para transferências;
  • Prazo mínimo para aprovar pedido de aumento do limite de transações;
  • Cadastro prévio de contas para receber Pix acima do limite;
  • Bloqueio cautelar de transferências via Pix;
  • Mecanismo Especial de Devolução (MED);
  • Notificação de infração;
  • Responsabilização das instituições.

Logo na sequência, vamos trazer mais detalhes sobre elas.

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O Pix requer atualizações em sua tecnologia justamente porque os crimes, fraudes e golpes se aprimoram com o passar do tempo, mas isso não quer dizer que o sistema de pagamentos não seja seguro. Quanto mais barreiras de proteção, mais protegido o usuário fica e pode utilizar o Pix com tranquilidade.

O Banco Central também esclarece que “todas as operações do Pix são rastreáveis, o que significa que o Banco Central e as instituições envolvidas podem, a mando das autoridades competentes, identificar os titulares das contas de origem e de destino de toda e qualquer transação de pagamento no Pix”.

Principais mecanismos de segurança do Pix

Não é por acaso que o Pix é seguro. Desde que foi lançado pelo Banco Central, a instituição anunciou novas medidas de segurança no Pix, incluindo recursos adicionais para dar mais segurança aos demais meios de pagamento eletrônico.

Elas são uma forma de coibir sequestros-relâmpago, roubos e fraudes do Pix, que estão na mira de ladrões e golpistas por conta da rapidez das transações, já que o Pix pode ser feito a qualquer dia e horário.

Além disso, de acordo com o BC, “as medidas criam incentivos para que os participantes aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes.”

Conheça detalhes sobre as principais medidas de segurança adotadas nesse sistema.

Dados protegidos por criptografia

Todos os dados de transações Pix transitam dentro da Rede do Sistema Financeiro Nacional de forma criptografada.

A tecnologia mantém as informações cifradas, impedindo que sejam acessadas por terceiros como golpistas e pessoas com más intenções.

A rede utilizada também possui ferramentas de proteção.

Motores antifraude para identificar movimentações atípicas ao perfil do usuário

Motores antifraude são mecanismos coordenados pelas instituições financeiras que monitoram as operações via Pix e as comparam ao perfil do cliente.

Se, por exemplo, eles identificarem movimentações atípicas devido ao valor, horário ou tipo de transação realizada, podem bloquear a movimentação por até meia hora, durante o dia, ou uma hora, durante a noite.

A transação só é concluída caso haja confirmação de que não é fraudulenta.

Marcadores de fraude

Instituições participantes do Pix ainda podem sinalizar chaves Pix e contas suspeitas de fraude, colocando marcadores que ligam o alerta para outros bancos e carteiras digitais.

Assim, fica mais fácil verificar e desabilitar contas que pertencem a golpistas.

Transações integralmente rastreáveis

Cada chave Pix fica vinculada a informações bancárias como nome completo, CPF/CNPJ, agência e conta, permitindo o rastreamento de usuários que tenham recebido Pix em situações como assaltos e sequestros.

Isso porque cada operação é feita de conta a conta, possibilitando a confirmação dos responsáveis pelas contas de origem e destino das transferências Pix.

Limite de valor do Pix para transferências noturnas

O limite de valor de transações entre pessoas físicas é de R$ 1 mil das 20h às 6h. O valor pode ser ajustado para menos, considerando o horário de início do período noturno.

O limite do Pix nesse horário também vale para Microempreendedores Individuais (MEIs).

Prazo mínimo para aprovar pedido de aumento do limite de transações

Os pedidos de aumento do limite do Pix têm um prazo mínimo de 24 horas e de no máximo 48 horas para serem aprovados. A solicitação deve ser feita via canal digital da instituição.

A medida também contempla TEDs, DOCs, cartões de débito e boletos.

Definição de limites distintos para períodos diurno e noturno

As instituições bancárias devem oferecer aos clientes a possibilidade de configurar limites diferentes para transações feitas nos períodos diurno e noturno.

Assim, é possível ter um limite mais baixo para operações feitas à noite, por exemplo.

Cadastro prévio de contas para receber Pix acima do limite

Outro recurso de segurança do Pix é que as instituições devem permitir que os clientes cadastrem contas autorizadas a receber Pix acima dos limites previamente configurados.

O cadastro solicitado via canais digitais (como app ou internet banking) leva pelo menos 24 horas para ser aprovado, impedindo um cadastro imediato em uma situação de risco.

Bloqueio cautelar de transferências via Pix

As instituições financeiras podem bloquear o recebimento de transferências via Pix por até 72 horas caso haja suspeita que a conta de recebimento seja utilizada para fraudes.

Segundo o Banco Central, a opção possibilita que “a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores vítimas de algum crime.”

Mecanismo Especial de Devolução (MED)

Outra medida de segurança do Pix é o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que estabelece as regras para viabilizar a devolução dos valores pela instituição da conta do usuário recebedor caso uma fraude seja identificada.

Dessa forma, o BC define os processos para as instituições bloquearem recursos, analisarem o caso para averiguar a fraude e fazerem a devolução do dinheiro ao usuário pagador.

Notificação de infração

Esse recurso era inicialmente facultativo e se tornou obrigatório. Ele abrange transações que contemplam usuários pagadores e recebedores com conta na mesma instituição.

Com o mecanismo, as instituições podem fazer uma marcação na chave do Pix, no CPF/CNPJ e no número da conta do usuário caso haja suspeita de fraude.

A informação pode ser compartilhada com outras instituições quando a chave for consultada. Assim, isso ajuda a criar um sistema mais robusto de combate a golpes e fraudes.

Responsabilização das instituições

O regulamento do Pix, definido pelo Banco Central, estabelece que as instituições que ofertam o Pix devem se responsabilizar caso seja provado que uma fraude ocorreu por conta de falhas nos seus mecanismos de gerenciamento de riscos.

Além disso, as instituições bancárias são obrigadas a usar as informações vinculadas às chaves do Pix para autorizar ou bloquear transações.

É seguro colocar o CPF no Pix?

Um dos formatos permitidos para a chave Pix é o CPF ou CNPJ — se for uma conta de pessoa jurídica.

Como esse número é um dado sensível, muita gente se pergunta se é seguro usá-lo para receber valores via Pix. A melhor resposta é: depende de como você utiliza.

Por um lado, cadastrar o CPF como sua chave evita equívocos na hora de seus clientes, parceiros ou conhecidos te transferirem dinheiro, pois o CPF não pode ser vinculado a contas de outras pessoas.

Por outro, bandidos podem usar o número para encontrar mais informações sobre você online, como nome completo e dados bancários, colaborando para fraudes.

Então, o CPF pode ser seguro, desde que usado com sabedoria, por exemplo, sendo compartilhado apenas com pessoas e empresas de sua confiança.

Cada pessoa física pode criar até 5 chaves Pix para cada conta, o que permite usar telefone, e-mail ou até mesmo uma chave aleatória nas transações com desconhecidos.

Veja aqui qual a melhor chave para o Pix para não cair em golpes.

Qual o risco de fazer um Pix?

O principal risco das transações via Pix está ligado a uma vantagem evidente: a instantaneidade deste meio de pagamento, que disponibiliza o valor na conta de destino em até 10 segundos.

Tanta rapidez exige a conferência dos dados da conta do recebedor com muita cautela, porque não dá para cancelar um Pix após finalizado.

Já o sistema em si é bastante seguro, graças aos mecanismos que explicamos acima.

Mesmo quando o usuário digita uma chave errada ou informa o tipo de chave incorreto, pode corrigir cada detalhe antes de concluir a transação, impedindo o extravio de valores.

Outro problema é o uso indevido de uma chave Pix, que pode estar vinculada a uma conta que não pertence ao responsável pelo e-mail ou número de telefone informados.

Nesse cenário, é possível solicitar a portabilidade da chave Pix em questão, levando sua instituição financeira a alertar o local onde a chave foi registrada de que ela pertence a você, e não a quem fez o cadastro.

A transferência da chave Pix é feita em até 7 dias, desde que quem cadastrou não consiga comprovar a posse do e-mail ou telefone utilizados.

Golpes mais comuns no Pix

Ao contrário do que se possa pensar, os golpes mais comuns não correspondem a roubos do celular ou clonagem do chip.

Isso porque só dá para utilizar o Pix dentro da plataforma ou aplicativo da sua instituição financeira, e esse acesso exige a autenticação através de senha, token, reconhecimento biométrico ou facial ou outro mecanismo de proteção.

Na maioria das vezes, os golpes se concentram na manipulação do comportamento dos usuários do Pix, fazendo com que transfiram valores voluntariamente. Assim, é tarde demais quando percebem que caíram numa cilada.

Bandidos podem ligar para as vítimas para oferecer cadastro no sistema, ativação da chave Pix ou descontos em contas de consumo.

Desconfie de qualquer uma dessas ofertas, pois nenhum banco físico, digital ou carteira digital vai ligar para fornecer ajuda na configuração de suas chaves Pix. Isso só pode ser feito no app ou internet banking, seguindo protocolos de autenticação.

Além disso, não é preciso qualquer cadastro para usar o Pix, basta ter uma conta numa instituição participante.

Quanto ao desconto, vale frisar que qualquer proposta de empresas de energia elétrica, telefonia ou água deve ser oficializada por meio dos canais oficiais, e você nunca precisará compartilhar dados pessoais para isso.

Outro golpe comum é aplicado por meio de links maliciosos, que direcionam o consumidor a páginas falsas, geralmente enviados por e-mail ou SMS.

Há ainda a clássica clonagem do WhatsApp para pedir Pix aos contatos da vítima.

Clique aqui e saiba o que fazer se cair no golpe do Pix.

Como usar o Pix com segurança?

Veja agora dicas para se proteger de golpes e fraudes ao usar o Pix:

  • Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais da sua instituição financeira (app ou internet banking);
  • Caso precise enviar sua chave pelas redes sociais, use as mensagens privadas e apague os dados em seguida;
  • Nunca compartilhe códigos de validação das transações relacionadas ao Pix;
  • Ative a autenticação em dois fatores para evitar que seu WhatsApp seja clonado;
  • Se receber pedidos de transferência de dinheiro de um contato, ligue ou faça uma chamada de vídeo para confirmar que não é golpe;
  • Não clique em links caso desconheça o remetente ou a origem;
  • Sempre confira os dados do recebedor antes de concluir um pagamento ou transferência via Pix.

O que achou das informações sobre a segurança do Pix? Aproveite e saiba mais sobre o Pix parcelado.

O propósito da Neon é diminuir desigualdades, mostrando caminhos financeiros mais simples e justos, porque todos merecem um futuro brilhante. A educação financeira é um dos principais pilares para fazer isso acontecer, por isso estamos aqui para te acompanhar em sua jornada com as finanças.

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Ana Gabriela Graças
Ana Gabriela Graças
Formada em Jornalismo, acredita no potencial de conteúdos para transformar a relação do brasileiro trabalhador com suas finanças.

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